
É como se meus pés apalpassem o escuro
e com as minhas mãos no chão
eu tocasse na mudez do meu silêncio
gritada dentro de mim
por uma voz estranha.
É como se o cheiro da lágrima
cavasse um buraco oculto
escondido por entre as dores
que eu rabisquei de vermelho carne.
É como se a palavra
revelasse as coisas pequenas
que nos constroem
e como se o eco delas fosse meu esconderijo.
É como enxergar num poço espelhado
a escuridão que me abre pra dentro.
É como degustar meu próprio gosto: secreto e íntimo.
Sartre ao avesso? Inferno interior... nunca achei que o inferno fossem os outros, hehe.
ResponderExcluirGostei do seu blog.
ResponderExcluirMuito!
é como se...
ResponderExcluir