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segunda-feira, 30 de maio de 2011

O lugar de onde eu vim



Foi escutando o meu silêncio
e parindo minhas dores
que eu toquei na parte intacta daquilo eu que sou.

Foi dando voz às minhas lágrimas
e catando meus desconcertos
que eu escutei o barulho manso dos meus sentimentos.

Foi conversando com meus abandonos
e me perdendo nos meus sonhos secretos
que eu encontrei meu lugar sem rumo.

Foi expelindo de mim
as minhas partes mais ínfimas
que eu percebi a intensidade de ser o que sou.

Foi escrevendo meus versos
e vomitando minh’alma inquieta
que eu descobri a poesia.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Fluidez



Sentir
e deixar fluir o que nasce
como um fluxo sem rumo
sem cor nem cheiro.

Explodir
como uma bomba única
tão certeira quanto interna.

É como se de repente
algo brotasse
algo encantasse

e de repente
a gente sente,
explode,
transborda,
aquilo que é.



quarta-feira, 11 de maio de 2011

Você


Entre tanta gente,
uma somente.

Entre tantas caras
a gente se esbarra,
se repara.

Por dentro uma voz fala:
- deixa brotar no peito o sentimento
que desenha na alma o acalento
e faz da paixão a tara e o fermento.

Pelo desejo ardente
a gente se rende e se prende
e quando só sobra o silêncio
é que a gente entende:
o amor é mesmo coisa rara.



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