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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Confissão confusa


Desórdem. Desequilíbrio. Murmúrios lentos também. Desapego não, nenhum ao menos.

Preço alto, tempo curto. Tudo contado, tramado. Nada equilibrado. Entre a paz e a guerra, o amor. Sim, aquele amor que põe à mesa a bagunça minha, só minha do dia. Somou?

Tanto medo acumulado. Confusões de sempre em perfeita órdem, o resto não. A minha desódem, ainda demorada, fingida, polemizada.

Não deixar acabar o que nunca sequer existiu. Não escorre da minha mão, não agora. Minha órdem tirana. Não deixarei cair jamais isso que nunca esteve de pé. Não enquanto meu tolo eu não tiver dado a órdem para derrubar de uma só vez. Só aí derrubem. Não, só eu derrubo!

Mas o sentimento existe ainda. Aquele que só eu sinto, que só eu minto. Sentimento e fermento. Finjimento? Esse meu mantimento. Fora de controle. É meu o controle. Mentira minha também.

Sair pela porta que eu entrei, tranquei e perdi a chave. Nunca tive a chave, só o chaveiro vazio. Chaveiro de mais uma das minhas confusões, confissões. Confesso. Confuso?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Texto de ontem...


Tempo, tempo, tempo…

De lá logo vem ele de cá, e de cá pra lá sem a gente perceber que ele já se foi, já era, é só saudade agora.

Aquilo tudo que foi, vem na lembrança agora tão breve, tão só, tão suave, manso e mudo também. Vem agitando e contagiando. Vem trazendo mais, mais e mais saudade.

Máquina do tempo. Desejo de hoje, ontem e sempre. Bastante ontem. Bastava ele, o ontem aqui hoje. Nostalgia profunda agora. Inútil e tremenda também. Demora nisso, perde tempo na saudade. Enquanto passa o tempo, a saudade não passa. Nem a nostalgia invasiva. Mas o tempo, passa. Passou…

Passou o ontem, o agora e até a saudade. Não. Saudade não passa. Esquece, às vezes. Aquece, outras vezes. Permanece, todas as vezes.

Saudade pra quê? Saudade pra sempre..

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…para dar a certeza de que o tempo vale à pena. Pena que passa. Passou…

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Seguir, cegar


Tudo vejo em ti, nesse curto espaço de mim. Ao sentir, aprender. Ao aprender, somar. Somos?!

Buracos vazios, outrora cheios, preenchidos. Dúvidas e medos embaraçados no calor de dentro do frio de fora. Descobertas, paixões, emoções entrelaçadas no frio de dentro do calor de fora. Perdidos. Perdição. Quem são?!

Nos eternos embaraços, momentos eternizados em pauta breve, passageira e eterna de tão mista. Medo misto agora. Não mais. Falta de medo em poucos instantes longos. Segurança ingênua e completa regada a mimos pequenos. Nada breve. A mistura de tudo nos desenhos de nuvem. A certeza de cada coisa ao cair da noite, e, ao amanhecer, pode-se enfim sentir, enfim partir. Parte-se ao meio essa metade para dar idéia de pequenez na parte de toda a grandiosidade muda, surda, e por que não cega?

Cegue-se. Segue-se agora! Cegos sem rumo.

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