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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Estética expelida


A palavra pela própria palavra,
e nada mais.

Sublimar-se a cada pedaço
num só desabafo
e deixar-se momentaneamente saciado
de pura satisfação precária,
morna.

Expressar-se pelo simples desejo de nada
repleto de canalizações em versos poéticos.

Somente aquele que sente a si
de forma avassaladora e profunda
pode entender qualquer vômito interno
aqui expresso.

Invento absurdos íntimos
pra disfarçar minhas angústias.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Porta da frente



Escorreram lágrimas dos meus olhos
tantas, várias
não só por alívio,
mas também por medo.

O peso de tudo aquilo que não cabia em mim
já havia se instalado em meus ombros
e se apoderado da minha leveza.

Não era só desistência
era falta de ar!
Algo me entupia o peito
e me calava o grito.

Dualidade marcando presença
até nas veias mais profundas
e corroendo saudade junto a vontade de partir
num misto único que dói feito dor.

Era pra ser meu desabafo
se a emoção deixasse espaço.


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