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terça-feira, 29 de março de 2011

Com A maiúsculo



Foi devagar e simples
mas foi tão devagarzinho que chegou a quase parar
e foi tão simples que chegou a ser doce.

Era pra ser o que não foi
e não era pra ser isso que foi.

Foi feito uma palpitação inquietante
que chegava a emocionar meus olhos
ao banhá-los de lágrimas contentes
e acelerar meu peito carente e quase vazio.

Quase como um vôo silencioso
que só eu podia sentir dentro de mim.

Quase como borboletas
abrindo as asas ao arriscar o sabor do vento.

Foi de mansinho,
mas foi gostoso...
foi sem querer
e foi amor.


terça-feira, 15 de março de 2011

Hoje



Hoje é o dia do meu desamparo
da minha agonia
e do meu desassossego.

Hoje é o dia do meu grito.

Eu me escondo e me desnudo nos meus versos
e faço deles o meu retrato
e toda a minha fuga
ao inventar poesias.

Hoje é o dia do meu reflexo.

Eu me vejo no que eu escrevo
e caço outros caminhos pra sair de onde eu chego
até  me explodir dentro de mim.

Hoje é dia do meu silêncio.

Eu uso de mim tudo o que tenho
e deixo-me aqui com tudo o que sou.

Hoje não é dia de nada.

Só cabe em mim o meu vazio...


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