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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pequenez empoeirada


No silêncio de espaços pequenos

havia um colorido doce

que me aproximava de mim

e me pregava nas formas disfarçadas de nada

que singelamente eu transformei em rascunhos miúdos

daquelas coisas que ficam guardadas por dentro.


Entre um passo e outro

de caminhos desenhados na poeira dos móveis

eu rabisquei pedaços de significados inteiros

que só a memória iluminada dos vagalumes fluorescentes

pode trazer de volta num flash de sonho manso

espirrado por entre breves coisas secretas

que me revelam quase coisa nenhuma

esboçada por verdades e mentiras minúsculas

já empoeiradas e esquecidas

onde só o pulso escondido pode tocar

suave-mente.





Um comentário:

  1. pros lados da revolução industrial, que as coisas de casa resolveram ser prodruzidas em série, as pessoas mais ricas na europa começaram cobrir os móveis e as paredes de veludo... deve ser porque o veludo guarda a marca do que passa por ele...

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