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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Taça de sangue




Medo.
Asco.

Dor.

Tudo junto em uma dose única
de despedaçamento interno
nonde nem mesmo a delicadeza restou.

O nó na garganta

e o corpo se retorcendo

ao partir em mil pedaços

tudo aquilo que fora sólido

e que agora escorre entre lágrimas e vômitos de sangue.

Sobram ainda as cenas dos filmes sombrios
passando pela minha cabeça
e aterrorizando meu pulso acelerado
enquanto o veneno dessa dor goteja por entre minhas artérias.

É que simplesmente não há espaço na razão
que engula essa taça nojenta
sem antes expelir meu pranto
em meio à esses pedaços trêmulos de mim.

2 comentários:

  1. O desespero Chegou até mim, é como se o leitor estivesse ao lado do '"Eu" lírico quando lê o teu poema.


    Bravo!

    ah! já visitou e conheceu o papéis
    http://papeisonline.blogspot.com/

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  2. Triste... e lindo. Parabéns por tranformar dor em poesia.
    Carinho.

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