
É mais que dor.
É como se fosse aquela pontinha te alfinetando
com a ponta das lágrimas
enquanto a acidez escorre por poros quase secretos
que mesmo depois da tempestade dos olhos
continuam doces com uma pitada de afeto e medo.
Algumas fincadas alcançam no pedaço central
do desastre interno
que desmorona labirintos esquemáticos
escondidos pela memória cardíaca a fora.
Há beleza por traz da dor.
Resta algo discreto de nós em nós mesmos
que transformam cicatrizes sangrentas
em tatuagens secas disfarçadas de desenhos interrompidos
revelados em uma história para além dessa dor
e muito além das palavras.
É como um nó
berrado no silêncio de uma garganta inflamada
sangrando puro pus coberto de amor.
Oi Fernanda, é muito bom te ler também. Não é por acaso que sigo o seu blog. gostei muito desse poema e concordo: "há beleza por trás da dor".
ResponderExcluirAbraço.
Conturbado e lindo!
ResponderExcluirParabéns, Fê!
Memórias cardíacas... bem bonito isso. Acho que é uma particularidade em comum, pra quem escreve sobre a natureza humana e suas nuances, estar sempre envolto nesse certa melancolia. Bonita, até! Beijo, Fê.
ResponderExcluirmuito intenso... palavras que posso tocar... adorei...
ResponderExcluirgleuber militani
projeto reticere
há muita beleza por trás da dor minha querida Fernanda, suspeito que a beleza do amor vem dela
ResponderExcluireu amei tanto os versos que você deixou lá no teu comentário que escrevi na capa do Meu livro do Bandeira^^ para que foi feito para ele
Bonito aqui. Seguindo-te aqui e no twitter!
ResponderExcluirTenho que comentar! É maravilhoso! Bem...intenso!
ResponderExcluirParabéns!