Um vendaval difuso
invisível
que passa arrastando o tempo
desconexo
deixando entre o que já não é
e aquilo que é
essas palavras
derramadas.
¨
Dualidade mórbida acelerada
à passos largos,
vagos
profundezas alcançadas
demoníacas,
embriagadas
quase esquecidas na cor pálida angelical
pintada a cacos
partidos, cortantes
borrados de dor e louvor.
A mesma coisa sendo identificada
vez por vez
rumo a alguma velha e instável
oca nudez
cravada a símbolos malditos
belos e doces e macios
feito o cheiro do vento passando
que leva poeiras inteiras
num quase grito terno e morno.
Vinte versões,
já não tão intactas como antes
pés mais distantes de onde se partiu
mais perdidos
e mais doloridos
e mais seguros
ainda sem lugar pra chegar
tudo falso e tramado
feito uma coisa que nem uma vez nem vinte vezes
vai ser a mesma coisa que nunca não foi.
Não fosse ártico,
nem tanto trágico.
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ResponderExcluirComentário por Juninho — terça-feira, 10 de novembro de 2009 (11:31:26)
Vinte versões? Sim.
Mas o mesmo olhar doce que sutilmente acelera meus batimentos cardíacos quando olhado diretamente nos meus. Entre esse olhar, por vezes, está o silêncio mudo e revelador que agora quer dizer mais uma vez o tanto que eu gosto de você!
Parabéns Menina dos Olhos. Que suas próximas versões carreguem a doçura do seu olhar. Que as palavras escritas em papel rascunho nesse trajeto de uma vida que não deve ser passada a limpo faça parte do seu vivido.
Beijos!
[ver em: http://meninadosolhos00.blog.terra.com.br/2009/11/09/vinte-vezes-a-mesma-coisa/#comments]
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ResponderExcluirComentário por Ericka — sábado, 14 de novembro de 2009 (13:13:55)
“Vinte versões,
já não tão intactas como antes
pés mais distantes de onde se partiu
mais perdidos
e mais doloridos
e mais seguros
ainda sem lugar pra chegar”
clap! clap! q gostoso de se ler, Fefê!
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ResponderExcluirComentário por Flavinha — domingo, 15 de novembro de 2009 (20:36:55)
se existe uma pessoa que eu realmente pago pau pro que escreve, esse alguém é vc xuxu!!!
coisa linda gente, dá vontade de apertar!
=****
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