Eu quero enfeitiçar estes versos
e fazer deles algum ditado sobre o que se é por dentro do ser
feito coisas que significam o que realmente são.
Gravo nosso tempo guardado aqui dentro
passando como num filme de delicadezas mudas
onde até as cenas de dor
nos revelam miudezas essenciais sobre a ternura das brisas internas.
Eu deixo meu medo escondido de ti
como quem esquece um alfinete fincado no peito
que lateja nos espaços mais raros
onde confesso:
as cicatrizes me perseguem os rumos.
Eu queria apalpar a existência da essência
como quem sabe onde põe os pés
até encontrar no desequilíbrio
a corda bamba que nos sustenta.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLindo jogo de palavras! Bjssss
ResponderExcluirA corda bamba parece que é a vida, mas a corda bamba somos nós. A vida é todo o resto.
ResponderExcluirDelícia de poesia.
"Eu queria apalpar a existência da essência
ResponderExcluircomo quem sabe onde põe os pés
até encontrar no desequilíbrio
a corda bamba que nos sustenta."
Eu também, Fernanda. E, se possível, com toda essa sutileza.
Beijos