
Entre minhas tantas caras
Meu rosto, meu esconderijo
Entre minhas tantas almas
Meu silencio, meu segredo
Entre meus tantos passos
Meu mistério, meu medo.
Sou tudo o que mudei
Tudo que deixei
Tudo que nem sei.
De tanto me ser, não sei mais.
Sei que senti, degustei-me sem fim.
Sei que não sei de mim.
Fui parte do que eu vivi
Mergulhei no que eu senti
Isso que estou parindo com palavras
É meu, mas não sou eu.
Meu retrato tem meu rosto
Escondido nele, meu esboço.
Não sei o que faço, nem onde estou.
Sei que vou.
Vou lendo meus vestígios,
Meus restos, minhas pistas.
Leio o que deixei, mudei.
Fiz de mim o que não sei
O que eu sabia fazer, eu só senti.
Penetrei-me dentro do meu ser
Releio-me e fico por aqui
Não fui eu que me escrevi.
1.
ResponderExcluirComentário por Juninho — sexta-feira, 7 de agosto de 2009 (18:06:32)
“Hoje estou em conflito.
Não sei a essência nem a finalidade.
Sequer sei quem sou.
Se sou.”
Muito belo!
[ver em: http://meninadosolhos00.blog.terra.com.br/2009/08/07/o-prazer-e-todo-meu/#comments]