
O rasgo desses versos vai de encontro à nostalgia
Dura e seca.
Daquelas que provocam um corte lento e profundo
Com sangue doce coalho.
Em meu vômito talhado de dor
Deixei sair esse pedaço da falta quase sem cor
E entre o pássaro que voou e o vento que tocou
Fico aqui parada como aquele velho sábio que guarda em si, seus segredos
Preservando seu mistério em uma lágrima salgada, sem gosto de ácido presente.
Guardo teu cheiro solto na cor carne do meu corpo
Avisto teu silêncio esmiuçado no reflexo dos meus olhos
Deixo trancado dentro de mim, esse laço de fita invisível
Que só eu sei o brilho de saudade que reluz no escuro calmo desse dia frio de meados do tempo passado.
1 Comentário »
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Comentário por Juninho — sábado, 29 de agosto de 2009 (17:34:37)
“Nos traz dias” todos os dias…
;*
[ver em: http://meninadosolhos00.blog.terra.com.br/2009/08/27/nos-traz-dias/#comments]