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quarta-feira, 13 de abril de 2011

A hora do astro


Ofereço-te com carinho, Henrique.

Mal sabíamos que o teu silêncio
seria o nosso grito
e o que teu grito
era nossa forma de simplesmente nos calar
em respeito a dor que fica e que paira no ar.

Envolvemo-nos com cada parte daquilo que não passa
e deixamo-nos ferir e sermos feridos pelo mesmo sangue derramado
que endossa a tua batalha única.

Ficam aqui somente os aplausos banhados a lágrimas
somente o buraco em meio a falta
colorindo as rosas de saudade
até abrir no cheiro da manhã o teu sabor de partida.

O nosso adeus carrega o brilho dos teus olhos
em cada pulso silencioso.

Um comentário:

  1. Não há como voltar no tempo
    aquilo que passou é um vento que ecoa em nossos
    ouvidos
    uma cinza daquilo que já foi e uma brasa do que ainda poderá surgir
    sentimos um vazio, apesar de tentarmos preencher o nossa vida
    muito bom esse poemma

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