
Eu sou tudo aquilo que desconheço em mim, sou também o que conheço. Talvez não, não tanto. Sou ainda tudo o que não entendo e o inacessível que sempre fui, isso sou. Sou todas as partes intocáveis de mim. Ora, essas que eu muito escondo, essas que nunca se escondem de mim…
… e o que sinto. O que finjo que não sinto. Sinto muito. Tanto que não sei não sentir. Sentir tanto me incomoda, nada também, e a falta de sentido.
Busco, talvez sentido, talvez sentir, sentir o sentido de sentir…
Desconheço-me. Não, de mim nada entendo e nada sei, me escondi tanto que não me achei…
Quero sentir, sem sentido.
Fernanda Tavares
[sem mais.]
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